As estações do ano que deixam as pessoas mais propensas a doença

 


    Baixas temperaturas e ar seco, são condições que encontramos comumente no inverno, faz com que o aumento da doença aconteça de forma rápida e preocupante.      

    Dois estudos publicados recentemente indicam que fatores ambientais influenciam a disseminação do vírus Sars-Cov-2, mas não de forma suficiente para que possamos “baixar a guarda”. O primeiro estudo, feito por pesquisadores do Mount Auburn Hospital em Massachusetts, nos EUA, relacionou o número de casos de COVID-19 nos estados unidos com mudanças na temperatura ambiente, precipitação e índice de raio ultravioleta.

    Segundo os pesquisadores, ao analisar os dados, conseguiram perceber que à uma redução no número de casos à medida que as temperaturas abaixo de zero no inverno dos EUA aumenta por conta da chegada da primavera, mas deixa claro que essa redução deixa de ser significativa a partir dos 11°C.

    A menor quantidade de novos casos se encontrou quando a temperatura estava acima de 10°C nos cinco dias anteriores. Tendo em vista que a maior taxa de infecção foi encontrada quando a temperatura estava -1°C. Dias com o UV mais alto, também reduz o número de casos.

    Para o Brasil, isso não é uma boa noticia, ao entrarmos no inverno, é a época que o número de casos de doenças respiratórias aumenta bastante. Na região Sul, por exemplo, as temperaturas frequentemente caem abaixo de 0°C e o tempo encoberto reduz o índice UV (Ultravioleta).

    "Embora a taxa de transmissão do vírus possa diminuir à medida que a temperatura máxima diária sobe para cerca de 10 ºC, os efeitos de um aumento de temperatura acima disso não parecem significativos", disse o primeiro autor Shiv T. Sehra, MD, diretor do Programa de Residência em Medicina Interna no Mount Auburn Hospital e Professor Assistente de Medicina na Harvard Medical School.

    "Com base em nossa análise, a associação modesta sugere que é improvável que a transmissão da doença diminua drasticamente nos meses de verão apenas com o aumento da temperatura".

    Outro estudo realizado na Austrália pelo Professor Michael Ward, da Escola de Ciências Veterinárias na Universidade de Sidney, em parceria com pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Fudan em Shanghai, na China, foi o primeiro a estudar a relação entre o clima e a COVID-19 no hemisfério sul. O Professor Ward e sua equipe estudaram 749 casos de COVID-19 registrados na região metropolitana de Sidney entre os dias 26 de fevereiro e 31 de março, comparando o local de moradia dos pacientes (determinado através do CEP) com observações de precipitação, temperatura e umidade do ar em estações meteorológicas próximas.

    O estudo apontou que uma redução na umidade do ar resultava em um aumento no número de casos registrados. Mais especificamente, uma redução na umidade relativa do ar de apenas 1% correspondia a um aumento de 6% no número de casos de COVID-19. Novamente isso é uma notícia ruim para o Brasil, já que o inverno é tradicionalmente um período de baixa umidade do ar. “Quando a umidade do ar é menor, o ar mais seco faz com que as partículas emitidas pelos doentes quando falam ou tossem, os 'aerossóis', sejam menores”, disse ele. “Estes aerossóis ficam suspensos no ar por mais tempo, o que aumenta a exposição de outras pessoas. Quando o ar é úmido e os aerossóis são maiores e mais pesados, eles caem até as superfícies mais rapidamente”, diz Ward.

    “Ainda precisamos estar vigilantes e os sistemas de saúde pública precisam estar cientes de um risco potencialmente maior quando estamos em um período de baixa umidade ", disse o professor Ward." Os testes e a vigilância permanecem críticos enquanto entramos nos meses de inverno, quando as condições podem favorecer a disseminação do Corona vírus", afirma.

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